sábado, 11 de setembro de 2010

Caco Barcellos fala de Extermínio na Bahia



“Tenha vergonha na cara” assim começou a palestra de Caco Barcellos em Salvador, no Hotel Fiesta dia 25 de agosto. A palestra que tinha como objetivo falar sobre as técnica do jornalismo investigativo para suprir as necessidades das canetas nervosas dos estudantes de jornalismo, sai como um tiro no pé, mas dessa vez não foi no próprio.
Tomada por uma platéia de maioria classe média alta, ou seja, quem tem condições para dar R$ 300 ou 150 simples assim. Caco iniciou a palestra resgatando sua infância no interior do Rio Grande do Sul e os caminhos que te levou a seguir a carreira de repórter.
“Quando o cachorro começava a latir e todo mundo a correr, já sabíamos que era o inimigo chegando, a polícia” diz Caco para ilustra as referências que sempre teve da polícia. Isso fez com que ele criasse sabor por dar visibilidade a histórias na ótica dos perdedores, como ele mesmo chama.
1.350 esse foi o número de pessoas mortas para a realização dos jogos panamericanos no Rio de Janeiro, uma execução sumária de em sua maioria negros. Esse dado que o repórter apresentou foi um complemento das palavras de Deyse Benedito na palestra em 2009 na Campanha Contra o Extermínio da a Juventude Negra, ou de Ângela Daves em sua vinda ao Brasil. Mas! É necessário vir uma figura global do sul falar do que ocorre tão fortemente na Bahia, para que a população, ou melhor para os futuros jornaslistas ali presentes acreditassem.
Você deve estar se perguntando como essas pessoas morreram? O nosso Estado tem uma política de limpeza na cidade quando há grandes eventos, isso ocorre para não macular a imagem da cidade. O motivo? Altos de resistência, troca de tiro com a polícia, esses são os argumentos transmiditos pela fonte “oficial” e redistribuída por uma mídia que não checa as fontes.

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